quinta-feira, outubro 9

Brasil, Sei Lá...


1. Londres, 1940. Os bombardeios são diários, e uma invasão aeronaval nazista é iminente. O primeiro-ministro W. Churchill pede ao rei George VI que vá para o Canadá. Tranqüilo, o rei avisa que não vai. Churchill insiste: então que, ao menos, vá a rainha com as filhas. Elas não aceitam e a filha mais velha entra no exército britânico; como tenente-enfermeira, sua função é recolher feridos em meio aos bombardeios. Hoje ela é a rainha Elizabeth II.
Brasil: Brasília, 2005. A primeira-dama Marisa requer cidadania italiana - e consegue. Explica, candidamente, que quer "um futuro melhor para seus filhos".


2. Diamantina, interior de Minas, 1914. O jovem Juscelino Kubitschek, de 12 anos, ganha seu primeiro par de sapato. Passou fome. Jurou estudar e ser alguém. Com inúmeras dificuldades, concluiu Medicina e se especializou em Paris. Como presidente, modernizou o Brasil. Legou um rol impressionante de obras e amantes; humilde e obstinado, é (e era) querido por todos.
Brasil: 2003. Lula assume a presidência. Arrogante, se vangloria de não ter estudado. Acha bobagem falar inglês. "Tenho diploma da vida", afirma. E para ele basta. Meses depois, diz que ler é um hábito chato. Quando era sindicalista, percebeu que poderia ganhar sem estudar e sem trabalhar - sua meta até hoje, ao que parece.


3. Washington, 1961. John F. Kennedy é eleito presidente dos EUA. Herói da 2ª Guerra Mundial, enfrenta certa aversão por ser católico e neto de irlandeses num país onde o protestantismo é dominante, bem como a antipatia a imigrantes recentes. Sem reclamar da discriminação, ganha a confiança do povo por sua coragem ao enfrentar os soviéticos na crise dos mísseis de Cuba em 1962, tornando-se ídolo no mundo livre. Como o colega JK, não podia ver um rabo de saia. Quando Cuba expropriou as empresas americanas em 1961, sem indenizar ninguém, Kennedy congelou os bens cubanos nos EUA e criou o embargo comercial que perdura até hoje. Os americanos aplaudiram.
Brasil: 2004. Sem poder explicar o desastre de seu governo de idéias atrasadas, desmandos e corrupção, Lula reclama que é discriminado por ser pobre e nordestino. Esquece que passou grande parte da vida em São Paulo, foi eleito presidente e hoje mora num lugar chamado Palácio da Alvorada. Não segue o gosto de JK e de JFK pelo sexo oposto. Prefere a bebida. Quando a Bolívia expropriou as empresas brasileiras em 2006, sem indenizar ninguém, Lula disse que eles são pobres e têm razão, coitados. Os brasileiros, ainda anestesiados pela humilhação, não decidiram o que fazer.


4. Washington, 1974. A imprensa americana descobre que o presidente Richard Nixon está envolvido até o pescoço no caso Watergate. Ele nega, mas jornais e Congresso o encostam contra a parede, e ele acaba confessando. Renuncia nesse mesmo ano, pedindo desculpas ao povo. Brasil: 2005. Flagrado no maior escândalo de corrupção da história do País, e tentando disfarçar o desvio de dinheiro público em caixa 2, Lula é instado a se explicar. Ante as muitas provas, Lula repete o "eu não sabia de nada!", e ainda acusa a imprensa de persegui-lo. Disse que foi "traído", mas não conta por quem. Ninguém espera que renuncie.


5. Londres, 2001. O filho mais velho do primeiro-ministro Tony Blair é detido, embriagado, pela polícia. Sem saber quem ele é, avisam que vão ligar para seu pai buscá-lo. Com medo de envolver o pai num escândalo, o adolescente dá um nome falso. A polícia descobre e chama Blair, que vai sozinho à delegacia buscar o filho, numa madrugada chuvosa. Pediu desculpas ao povo pelos erros do filho.
Brasil: 2005. O filho mais velho de Lula é descoberto recebendo R$ 5 milhões de uma empresa financiada com dinheiro público. Alega que recebeu a fortuna vendendo sua empresa, de fundo de quintal, que não valia nem um décimo disso. O pai, raivoso, o defende e diz que não admite que envolvam seu filhinho nessa "sujeira". Qual sujeira?


6. Nova Délhi, 2003. O primeiro-ministro indiano pretende comprar um avião novo para suas viagens. Adquire um excelente, brasileiríssimo EMB 195, da Embraer, por menos de US$ 10 milhões.
Brasil: 2003. Lula quer um avião novo para a presidência. Fabricado no Brasil não serve. Quer um dos caros, de um consórcio anglo-alemão. Gasta US$ 57 milhões e manda decorar a aeronave de luxo nos EUA. Ao menos a usa bastante.


Aos visitantes: não quer ler, não leia. Não tem nada de inteligente para falar, não fale.


O que me deixa mais triste nisso tudo é que: Familia, Carácter e Pátria são apenas lembranças das nossas antigas aulas de Educação Moral e Cívica! Quem diria que um dia sentiria saudades destas.

post Edynho Saez

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